terça-feira, setembro 05, 2006

Para reflectir...

Quem realmente quizer reflectir, aqui fica mais uma noticia de interesse...
Artigo publicado no Diario de Noticias "Ainda a propósito da “morte anunciada” do Instituto Militar dos pupilos do Exército

“No próximo Ano Lectivo não haverá inscrições de Alunos para o 5º Ano, nem para o1º dos Cursos Superiores”.Estas doutas palavras, da autoria do Senhor Director do nosso Instituto, põem em causa 95 anos de Instituição, já que, sem alunos, não há Escola.“Não se pretende fechar esta Instituição, que tão boas provas tem dado à Pátria! Pretende-se, isso sim, remodelá-la, modernizá-la, adequá-la à realidade...” dizem outros, que do IMPE pouco parecem entender.
Mas, sejamos práticos!
Qual a razão porque, havendo cerca de duas dezenas de interessados, sem ter havido qualquer publicidade, se impede que nova gente haja?Que autoridade tem o Senhor Director de não autorizar asinscrições?Disse que se baseava num “despacho oral do senhor General Chefe do Estado Maior do Exército”.O que é, e que peso tem, um “despacho oral”?Despacho é algo que se entende se, aposto em documento, decidir qualquer coisa mas, ... há decisões que, se pouco ponderadas, fazem tremer o mais sólido bastião.Permitam-me um jogo metafórico e imagine, respeitável leitor, que alguém dizia lá em casa ... “Não vai haver mais compras de fruta, leite e legumes até ao próximo ano!”.Provavelmente a vossa Casa não fechava, mas não era boa a vossa saúde!A actual Direcção da nossa Casa tem feito boa obra de organização e de gestão, tem pintado muros e paredes, melhorou-se a comida, responsabilizaram-se docentes e discentes, fez-se “trinta por uma linha”, mas boa tripulação não é a que bem sabe manobrar o belo navio, mas a que o leva a bom porto e quer que ele continue a navegar!Tenho quase trinta anos de serviço, sou há catorze anos, docente do Instituto Militar dos Pupilos do Exército. A minha Escola-Mãe, a Secundária da Amadora, está a minutos de minha casa mas ... apaixonei-me pelo IMPE e sua memória colectiva. Ainda recordo os meus primeiros tempos de docência neste Instituto. Recordo a criança triste que, com saudade dos seus, olha o longe, esperando que a venham buscar. Reparo no aluno mais velho que, a seu lado, ternamente, a procura ajudar e a faz compreender que também por ele passaram momentos de saudade e que vale a pena esperar para sentir o amor e os valores que aqui lhe darão.Lembro o momento mágico da imposição das “insígnias” aos alunos >graduados e ouço, de imediato, a “jacarezada”, o grito de louvor e honra aos eleitos.Vejo o brilho, no olhar dos meus alunos quando, lá fora, dizem ser “Pilões”. Vejo a criança feita Homem, que me ensinou a ver melhor a importância dos valores que aprendeu a conhecer e que o fortaleceram e formaram: O espírito de corpo, a inter-ajuda, a solidariedade, a disciplina, o trabalho e o método, o Hino, o seu próprio lema de “QUERER É PODER”.
Mudaram-se os tempos e algumas vontades, mas os valores para a justiça e para as virtudes mantêm-se.Por tudo o que atrás referi, porque meus Pais e Abril me ensinaram, achei não dever calar-me!"
Francisco Pelejão Camejo - Professor de História
Pode ser que quem tenha feito uma boa reflexão, sobre o "Caminho", descubra o melhor caminho sobre a nossa escola, sem ser os que se preve...
ou seja...

2 comentários:

Anónimo disse...

eu concorri contra 2 centenas para obter um lugar entre os 50 primeiros... Ou seja houve 150 gaijos piores do que eu para entrar... logo houve uma seleção... Não acham que abrindo as portas a todos não iremos denegrir a imagem do instituto???

Anónimo disse...

sao mais comentados os posts da coboiada que os posts serios. mas tb sao importantes. força ai rapazes. forte abraço hasta
Alfredo