no natal há que da (ka) r

Finalmente passou o Natal e a Passagem-de-ano.
É um alivio ver esta quadra pelas costas, talvez uma das alturas mais stressantes do ano.

Já não há aquelas meias prendas da avó e da tia, as meias.
Sinceramente cada vez gosto menos do Natal.
Numa quadra que supostamente deveria de ser de paz e de amor temos cada vez mais sentimentos antagónicos. Consumismo desmedido, cada vez se compram prendas mais caras para compensar o pouco tempo que passamos com as pessoas a quem as oferecemos, numa atitude de recompensa: "gosto muito de ti, por isso é que não estou contigo mais vezes, para ganhar dinheiro para as tuas prendas..." ou então "Gosto mais de ti que X, repara que a minha prenda é mais cara".
Aquele sentimento de "fogo.. ainda me falta a prenda da XY... que seca".
Dá-se porque "tem que se dar"... mas nenhuma vontade.

Passagem-de-ano... só álcool, acidentes, etc... mesmo assim a altura em que somos mais verdadeiros... verdadeiramente acreditamos que as coisas vão ser melhores no ano que se avizinha... e depois para comprovar isso ficamos sentados à espera que chova sorte e os nossos desejos se concretizem, no belo comodismo português.

Não vai haver Dakar... tristeza
Se não fosse uma decisão tomada em solo português não acreditava.
Então não é que os directores do Dakar decidem anular a prova um dia antes de começar.
Se virmos bem não é uma decisão à "tuga", um gestor de património publico teria tomado a decisão de anular depois de já ter começado, indemnizava os corredores, indemninazava-se a si ao primo, ao cunhado da irmã, ao tio do vizinho e ao filho do amigo, culpava o sistema e prometia que com ele no poder isso não se voltava a repetir.

Dica da semana:
Como continuar o Dakar- Já cá temos os carros, as motas e os pilotos... para o deserto só é preciso passar a ponte, os camelos acompanham o Sócrates na entrega dos prémios.