quinta-feira, agosto 31, 2006
do you remember?
esta nem todos vão perceber.
se isso acontecer, imaginem o boneco verde como sendo um gajo muita défice, e o amarelo como sendo um gajo mais velho que tinha um grande nariz.
se mesmo assim não souberem do que falo, lembrem-se da célebre frase: "Quem é que comeu metade da minha bucha e bebeu metade do meu sumo?!"
Ah, e mais uma coisa, o masoquismo do boneco verde também não é por acaso..
Abraços riscados
domingo, agosto 27, 2006
united 93
Hoje fui ao cinema com a minha namorada ver o "Voo 93", que retrata o único dos 4 aviões que não atingiu o seu alvo no dia 11 de Setembro de 2001. É um filme assombroso e carregado de sentimentos, um filme que aconselho todos a irem ver. O realizador conseguiu dar uma imagem real daquilo que realmente aconteceu, sem a dramatização das cenas, tantas vezes banalizadas à boa maneira 'hollywoodesca'. O filme deixa-nos sem palavras, e as lágrimas vêem aos olhos vezes sem conta. Podem crer, à alturas em que até é dificil continuar a olhar para o ecrã..
Quando o filme acabou, eu e a Sílvia reparámos que não havia ninguém a sair do cinema com um sorriso, toda a gente caminhava em silêncio, parecia que todos tinham ido a um funeral..
Se pensam que estou a exagerar, desafio-vos a irem ver pelos vossos próprios olhos..
Abraços Riscados
PS: só um conselho, não levem pipocas. Aposto o que quiserem em como não conseguem comer uma única..
quinta-feira, agosto 24, 2006
sábado, agosto 19, 2006
bom fim-semana
quinta-feira, agosto 17, 2006
lembanças
Abraços Riscados
terça-feira, agosto 15, 2006
quinta-feira, agosto 10, 2006
quarta-feira, agosto 09, 2006
férias divertidas 2006
a minha mãe e o meu irmão no Algarve a apanhar Sol,
o seco em Viseu a fazer novas amizades em bailes,
o vidros em Angola também com as suas amizades,
o groo em Cabo Verde a ver os amigos do vidros,
o jazzman nos Açores a curtir as paisagens,
e a minha namorada com a família na Madeira.
até este blog está vazio de visitantes nesta altura..
uff
Badaloucas, só me restas tu.. não deixes o teu companheiro de guerra para trás!!
queres vir cá jantar a minha casa? tenho dois pratos à escolha durante 2semanas: bacalhau á braz e puré com bifes.
ah, e tenho bejecas..
Abraços Riscados
domingo, agosto 06, 2006
sexta-feira, agosto 04, 2006
Em relação ao post (especial badaloucas)
Segundo Víctor da Fonseca a dislexia é uma dificuldade duradoura da aprendizagem da leitura e aquisição do seu mecanismo, em crianças inteligentes, escolarizadas, sem quaisquer perturbação sensorial e psíquica já existente (Fonseca, 1999).
A World Federation of Neurology define-a como uma perturbação que se manifesta pela dificuldade na aprendizagem da leitura, apesar de uma educação convencional, uma adequada inteligência e oportunidades sócio-culturais
Outra definição, surge do Comittee on Dyslexia of the Health Council of the Netherlands, segundo estes a dislexia está presente quando a automatização da identificação das palavras (leitura) e/ou da escrita de palavras não se desenvolve, ou se desenvolve de uma forma muito incompleta, ou com grande dificuldade.
Esta dificuldade em ler e escrever tem sido muitas vezes erradamente interpretada, como um sinal de baixa capacidade intelectual. Muito pelo contrário, muitos disléxicos conseguem em certas áreas e em certos momentos da sua actividade, uma performance superior à média do seu grupo etário. Só se poderá diagnosticar uma dislexia em crianças que apresentem pelo menos uma eficiência intelectual dentro dos parâmetros normais.
Espero que depois destas explicações não confundem mais dislexia com burrices.
Aqui ficam alguns exemplos de burrices portugesas..
quarta-feira, agosto 02, 2006
obrigado
Uma dessas pessoas é o meu antigo professor de História dos Pupilos, o professor Camejo, ao qual chamávamos carinhosamente de "careca". Que pessoa fantástica!!
Lembro-me que as suas aulas eram fáceis de seguir, a maneira como ensinava chamava a atenção até dos alunos com mais dificuldades na disciplina, eram 50 minutos realmente aliciantes. Lembro-me de numa das suas primeiras aulas se por de pé em cima da mesa, para nos explicar de como altas eram as torres góticas feitas nos tempos de Aljubarrota.
Lembro-me dos seus conselhos nas aulas de estudo, especialmente um em particular, uma vez virou-se para mim e disse: eu consigo ver que estás triste, não me tentes esconder isso e não penses nessas tristezas; o que eu costumo fazer é pegar num livro e por-me a ler, a ler, sem parar, procurando tirar o meu pensamento das coisas más; vê se fazes o mesmo.
Lembro-me que foi das primeiras pessoas que me mostrou que era possível apaixonar-se por uma escola, por uma casa.
Lembro-me que foi com ele que me interessei por história, foi ele que me deu conta da tragédia do holocausto e, pela primeira vez nos Pupilos, os meus testes nunca baixaram da classificação de 90.
Lembro-me da maneira como se preocupava com a minha situação, da maneira como eu via nele um pai, e das piadas fáceis que eu fazia de cada vez que ele me pedia para dar cumprimentos à minha mãe.
Lembro-me de lhe entregar alguns textos para a revista dos Pupilos, e da maneira como andava sempre atrás de mim a perguntar: vê lá se escreves mais qualquer coisa, tu tens tanto jeito, vá lá..
Foi por causa dele que eu tive o orgulho de fazer teatro, e ainda hoje sei de cor os versos e os gestos que tinha de dizer e de fazer: "Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce. Deus quis que a terra fosse toda una, que o mar unisse, ja não separasse.. Sagrou-te, e foste desvendando a espuma, e a orla branca foi de ilha em continente, clareou, correndo, até ao fim do mundo, e viu-se a terra inteira, de repente, surgir, redonda, de um azul profundo."
Tenho um grande orgulho em ter sido seu aluno.
Ele foi, sem dúvida, o melhor professor que tive na minha vida académica.
Há tantas outras histórias mas, como vocês imaginam, não caberiam todas aqui e, por isso, hei-de guardá-las pra sempre comigo.
No dia 18 de Julho foi publicada no jornal "Público" uma carta da autoria do meu professor, a qual transcrevo aqui na íntegra:
"
Ainda a propósito da “morte anunciada” do Instituto Militar dos pupilos do Exército
“No próximo Ano Lectivo não haverá inscrições de Alunos para o 5º Ano, nem para o1º dos Cursos Superiores”.
Estas doutas palavras, da autoria do Senhor Director do nosso Instituto, põem em causa 95 anos de Instituição, já que, sem alunos, não há Escola.
“Não se pretende fechar esta Instituição, que tão boas provas tem dado à Pátria! Pretende-se, isso sim, remodelá-la, modernizá-la, adequá-la à realidade...” dizem outros, que do IMPE pouco parecem entender.
Mas, sejamos práticos!
Qual a razão porque, havendo cerca de duas dezenas de interessados, sem ter havido qualquer publicidade, se impede que nova gente haja?
Que autoridade tem o Senhor Director de não autorizar as inscrições?
Disse que se baseava num “despacho oral do senhor General Chefe do Estado Maior do Exército”.
O que é, e que peso tem, um “despacho oral”?
Despacho é algo que se entende se, aposto em documento, decidir qualquer coisa mas, ... há decisões que, se pouco ponderadas, fazem tremer o mais sólido bastião.
Permitam-me um jogo metafórico e imagine, respeitável leitor, que alguém dizia lá em casa ... “Não vai haver mais compras de fruta, leite e legumes até ao próximo ano!”.
Provavelmente a vossa Casa não fechava, mas não era boa a vossa saúde!
A actual Direcção da nossa Casa tem feito boa obra de organização e de gestão, tem pintado muros e paredes, melhorou-se a comida, responsabilizaram-se docentes e discentes, fez-se “trinta por uma linha”, mas boa tripulação não é a que bem sabe manobrar o belo navio, mas a que o leva a bom porto e quer que ele continue a navegar!
Tenho quase trinta anos de serviço, sou há catorze anos, docente do Instituto Militar dos Pupilos do Exército. A minha Escola-Mãe, a Secundária da Amadora, está a minutos de minha casa mas ... apaixonei-me pelo IMPE e sua memória colectiva.
Ainda recordo os meus primeiros tempos de docência neste Instituto.
Recordo a criança triste que, com saudade dos seus, olha o longe, esperando que a venham buscar. Reparo no aluno mais velho que, a seu lado, ternamente, a procura ajudar e a faz compreender que também por ele passaram momentos de saudade e que vale a pena esperar para sentir o amor e os valores que aqui lhe darão.
Lembro o momento mágico da imposição das “insígnias” aos alunos graduados e ouço, de imediato, a “jacarezada”, o grito de louvor e honra aos eleitos.
Vejo o brilho, no olhar dos meus alunos quando, lá fora, dizem ser “Pilões”.
Vejo a criança feita Homem, que me ensinou a ver melhor a importância dos valores que aprendeu a conhecer e que o fortaleceram e formaram: O espírito de corpo, a inter-ajuda, a solidariedade, a disciplina, o trabalho e o método, o Hino, o seu próprio lema de “QUERER É PODER”.
Mudaram-se os tempos e algumas vontades, mas os valores para a justiça e para as virtudes mantêm-se.
Por tudo o que atrás referi, porque meus Pais e Abril me ensinaram, achei não dever calar-me!
Francisco Pelejão Camejo
Professor de História "
Obrigado professor!!