terça-feira, janeiro 04, 2005

run Forrest, run!!

Hoje pus-me a pensar em coisas que não devia. Comecei a pensar no Mundo em que vivemos e cheguei à simples e brilhante conclusão que somos muito muito frágeis. Consideramos uma injustiça a voz de protesto da Natureza (que assume a forma de sismos, erupções vulcânicas,etc..), mas no entanto não tomamos consciência da ameaça que nós somos, da poluição constante das nossas invenções, da nossa falta de senso comum em desrespeitar a separação do lixo, etc..
Basta ligar a televisão e deparamo-nos constantemente com imagens desta guerra entre humanos e a Natureza, só que os únicos que ficam a perder somos nós..
E então mudei de perspectiva e comecei a pensar em como somos tão pequeninos no Universo (pois, parece uma conversa de bebado), em como de um momento para o outro podia vir um meteorito em velocidade excessiva (+120km/mms) e desfazernos em bocadinhos, sem que tivessemos tempo de mandar o Bruce Willis e o Ben Affleck (sem esquecer a boazona da filha do Mick Jagger, não me lembra agora o nome..) numa viagem maluca, meter la as Black & Deckers e destruir o maldito calhau.
E foi neste momento que me apercebi da nossa infinita pequenez, do ridículo das pessoas importantes, da necessidade constante de afirmação de tantos desconhecidos, e para quê? se tudo um dia vai acabar, se não for de repente sabemos que um dia o Sol extinguir-se-á e então tudo, mas mesmo TUDO, o que foi feito até hoje vai ficar reduzido a cinzas... para quê complicar?
E foi nesta lógica que me apercebi que tinha chegado a minha vez de ser atendido, ao fim de 4 horas de espera num banco desgastado da Camâra Municipal de Lisboa e após constatar que esse foi o tempo necessário para atender 12 pessoas que estavam à minha frente (eu demorei 5 minutos a despachar-me).
Ah, e estes pensamentos só aparecem se na noite anterior tiveres visto um filme tipo Forrest Gump, em que nos apercebemos que uma vida simples, honesta e com as amizades certas nos pode trazer muitos e bons momentos que o tempo nunca irá conseguir apagar dos nossos corações..

Sem comentários: